quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Agora já deu

Estava lendo umas coisas que eu escrevi dois anos atrás. Olha, eu gostava de um cara e fazia um drama, oh deus, como é difícil viver sem ele, vou aqui escrever centenas de poemas de amor. E escrevi, sabe. Não centenas, mas quase. Na verdade foi só um.
De qualquer forma, lembro que um dia uma amiga minha disse que achava que esse cara gostava de mim. Como eu tinha um complexo de inferioridade, digamos assim, claro que eu não acreditei. Aí quando eu estava lendo esses meus textos (era para ser um diário, mas não deu muito certo), percebi que, dã, ele gostava de mim. Gostava para caralho.
Ou não, posso estar enganada, mas parecia que ele gostava de mim, sim.
Claro que não estou me odiando nesse momento, tô achando ótimo eu ter sido tão cega, porque imagina se eu tivesse acreditado no que minha amiga falou e agora eu gostasse dele? The Horror, só digo uma coisa: Nunca subestime a sua idiotice
O que eu acho é que eu, várias vezes, deixo de fazer um monte de coisas por causa de uma. Me achava a pior pessoa na época, achava que ninguém ia gostar de mim, então não tentei me aproximar do menino, nem nada (ainda bem, como eu disse, mas não é esse o ponto). Esse blog, por exemplo, não tem um nome muito legal, fico quebrando a cabeça em busca de um título, em vez de vir cá e escrever o que me der vontade, que é a ideia original. 
Por causa de um detalhezinho, deixo de fazer tanta coisa, por causa de uma preguiça não saio de casa, em vez de fazer algo e pronto, eu fico pensando, pensando, pensando. E, claro, quando faço a tal coisa fico pensando porque raios eu não fiz isso antes. É, não sou normal


terça-feira, 21 de agosto de 2012

Pelos olhos dos outros

Nessas férias (de 2 semanas) do meio do ano, viajei para um lugar onde ninguém me conhecia e tive uma revelação.

Ninguém liga para mim.

E isso é ótimo.

Quando uma pessoa erra, paga um mico, sei lá, você fica julgando, rindo da pessoa cada vez que ela põe o nariz para fora de casa, ad eternum? A gente repara e ri na hora mas depois acabou. E eu sempre pensava o contrário, tipo "olha lá a menina que capotou na escada, vamos lembrar disso para sempre, por que, né,  quem mandou cair?"

Isso é tão idiota, mas quantas vezes já morri de vergonha por ter cometido um erro qualquer, por ter saído feia em uma foto que todo mundo viu, sentei num canto da festa porque tinha medo que, se eu me misturasse com os outros, eles iriam pensar : "o que esta guria tá fazendo aqui?".

Sério, cansei de ficar me vigiando. Quando cortei o cabelo mais curto e deixei de usar preso, alguém reparou? Claro, mas alguém ligou? Pois é.

Percebo que eu era idiota quando penso que um ano atrás eu provavelmente eu ficaria com vergonha se uma pessoa me pedisse emprestado o caderno e visse que a capa é de um caderno e a folha é de outra. Sério mesmo.

Quando comentei sobre o caderno com uma amiga da que estuda comigo, que ele estava meio estranho, mas beleza, ela disse:
- É, que que tem? Alguém aqui (na escola) tá pagando suas contas?
Lema da minha vida.


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pois é


Sobre mim: já fui muita coisa em pouco tempo.

Eu era uma pessoa que preocupava demais com o que as pessoas pensariam se eu fizesse isso, se eu vestisse aquilo, se eu fosse assim, se eu.

Já fiquei super preocupada com “defeitos” que eu tinha: cabelo volumoso e cacheado, o meu peso (com 12 anos), com o meu nariz, até com o formato do meu rosto e dos meus olhos eu já preocupei e tentei disfarçar (com 13). Acho que tenho o direito de não me preocupar com nada pelo resto da minha vida e tal.
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Eu tenho 14 anos. Então, fazer um post sobre minha vida parece um pouco, digamos assim, ridículo. Mas tá.
Há 1 ou 2 anos, descobri o blog da Lola, não sei direito como, mas isso não importa. Só importa que o blog me fez muito bem. Sabe todas as piadinhas, o fato das pessoas quererem que você seja alguma coisa só por você ser mulher (ou negro, ou feio, ou gordo, enfim)? Então, tem gente que luta contra isso.

Agora, nesse ano ocorreu uma das melhores mudanças. Na verdade, mais de uma. Nas férias de janeiro estava sem nada para fazer e fui ler uns posts antigos (mas que eu já tinha lido) do Escreva Lola. Aí tinha o post que ela citava o blog Ludmilismos. Fui lá e uma luz caiu sobre mim (eufemismo básico). Eu não preciso ser bonita! Esqueça as calças justas, os sutiãs de bojo(eu tinha 12 quando passei a usar isso, não me pergunte porque), os sapatos da moda que detonam o pé, as maquiagens, o cuidado exagerado com as unhas, porque né, ninguém repara nelas mesmo. Levei o celular para cama e li o blog inteiro.

Nunca fui daquelas pessoas super vaidosas (comparando com as que eu conheço). Mas houve uns meses no começo do ano passado, quando eu era amiga de uma menina vaidosa e “popular” que eu quis ser mais ou menos como ela. Passava maquiagem para ir para escola, apertava as pernas das calças, fiz mechas no meu cabelo, que ficaram horríveis, mas estava na moda, é o que importa. O blog me fez ver que, sei lá, talvez ninguém além de mim se importava com os meus “defeitos”.

Agora vivo mais leve, acho. Pra quê se importar com o frizz do cabelo da fulana, com a pele da siclana e com a unha da beltrana? Já foi a época em que eu sentia orgulho de saber os nomes dos modelos de sapatos existentes. Hoje sinto orgulho de saber as características culturais dos países asiáticos, beijos.

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Oi

Não sei como começo isso. Não quero falar que eu sou uma pessoa assim, que gosto disso e daquilo e meu objetivo em escrever é tal. Odeio essas descrições que dizem: Bem vindo ao meu mundo! Sou uma garota diferente, que gosta de fazer amizades e odeio pessoas falsazzzZZzZzZZzZ. Ou então: sou bipolar, chata, ciumenta e não sou o que a sociedade espera de mim. Minha filha, dizendo que não é o que a sociedade espera de você, está sendo exatamente o que ela quer que você seja: uma pessoa revoltada com a sociedade, beijos. Então, aqui, no primeiro post, só vou dar um oi.